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Apenas análises e opiniões...

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O Barreiro

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O Barreiro…

A casa. Onde nasci. Onde cresci. Eis aqui o meu passado, o meu presente...o meu futuro? Incerto.

Tantas histórias. Algumas mudanças ao longo do tempo.

Aquela a que chamavam a outra Lisboa. A cidade das máquinas.

A produção diminuiu ao longo dos anos…

Numa década era enorme o entusiasmo nas poucas travessias para a outra cidade, apesar de apenas ir para a casa do meu primo. A habitual fila em espaços apertados para se apanhar o barco. O apito que inicialmente assustava na partida e na chegada. Muitos cargueiros aguardavam a sua vez de atracarem na Lisnave.

Noutra década, o movimento era diferente. Brincadeiras com berlindes e/ou com peões. Campeonatos dos Yo-yos...Inúmeras vezes «jogámos à bola». Sentimo-nos muito importantes quando nos deslocava-mos à Biblioteca Municipal para trabalhos escolares. Todos queriam ser os primeiros nas nossas bicicletas. Saltar mais alto, «fazer cavalinhos». Começaram a surgir obras que originaram um novo Terminal Rodo-Ferro-Fluvial. Os estudos tornaram-se progressivamente exigentes e pesados. A rodagem que se alterou de BMX para percursos em quilómetros via «Mountain Bike» na era da Shimano SIS.

Aqui os motoristas não brincam em serviço. Curvas nos AEC Reliance com as rodas fora do chão. Curvas com os O305 a 40km/h «rotineiras». Veículo nº 24 em que nem os mais lentos resistiram à sua adrenalina. Com a calibragem exacta dos pneus e óleo renovado, parecia quase um carro em aceleração…

Na década seguinte, a deslocação diária para outra cidade. Encontro com novos amigos que foram-se tornando irmãos com o tempo. Novas etapas, novos objectivos…

Passámos a dispor de um «Parque da Cidade»...

Os estudos partilharam a divisão do tempo com o trabalho…

Enquanto isso começaram a surgir distúrbios, incidentes...começo a ouvir boatos de quem chame esta cidade de «terra de bandidos»…...NEGATIVO! Inaceitável chegar-se a este ponto…

Mais tarde circunstâncias que me levam a emigrar para outro país…

E ainda há pouco escrevi sobre esta casa.

Pois estou feliz de ter nascido cá. De ter crescido com estes irmãos.

Será novamente a cidade das máquinas? Será novamente lembrada neste país? Há muito por se fazer. Muito para se recuperar. O futuro o dirá…

Aproxima-se o tempo da programação...

Mas nós continuamos a existir, estaremos sempre cá.

E não a troco este lugar por nenhum outro neste mundo.

 

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